Canela, no RS, recebeu no último final de semana a primeira etapa e primeira e segunda etapas dos campeonato Gaúcho e Brasileiro, respectivamente. Num rally bastante complicado e que ainda teve agravante da chuva na sexta e sábado, deixando o piso, em estrada de terra, liso e perigoso, o jeito era “sobreviver”.
E neste sentido, no primeiro dia de prova, no sábado, 16, o piloto Fábio Dall Agnol e o navegador Gabriel Morales, da equipe Dall Agnol 53/UB Rally, conseguiram se manter num bom ritmo de corrida e fechar o dia com o segundo lugar geral na categoria 4×4 e na prova, que teve mais de 45 carros largando pela manhã.
“Tivemos um belo rally neste primeiro dia. Fizemos uma primeira especial em um ritmo bom e baixamos o ritmo para o restante. O rally foi extremamente duro, andamos o tempo inteiro sem os pneus adequados por opção nossa de confiança em não furar. O segundo lugar foi de muito bom tamanho para nós darmos sequencia no campeonato”, destaca Fábio.
Se o sábado foi muito bom para quem fazia sua primeira prova a bordo do Mitsubishi Lancer e na nova categoria 4×4, a mais forte do certame brasileiro, o domingo reservava surpresas nada agradáveis para a dupla. Primeiro, dentro da primeira especial do dia, a dupla encontrou uma vaca no caminho. Apesar de perder ritmo, conseguiu se manter na prova. Porém, no deslocamento para a segunda especial, Fábio não conseguiu evitar um choque com uma camionete que fazia o trajeto contrário. “Ele fechou muito na curva, e apesar de estarmos em baixa velocidade, o Lancer ficou danificado, nos tirando da prova”, lamenta Fábio.
“No domingo, escolhemos usar pneus de chuva, adequados para o tipo de rally que iriamos fazer, ia ter mais trechos dentro de mato e reflorestamento, quase intransponíveis com pneus de seco. Fizemos uma primeira especial em um ritmo bastante seguro e rápido, viramos um tempo melhor que o esperado mesmo batendo em uma vaca e tendo que baixar a bastante velocidade bastante”, explica Fábio.
“Não bastasse isso, no deslocamento em uma curva fechada encontramos uma camionete de frente, mesmo estando a no máximo 30 km/h a camionete invadiu a nossa pista e não conseguiu frear, o que acabou nos tirando da corrida. Uma pena, tenho certeza que iriamos sair de lá com muitos pontos e poderíamos dar boa sequencia em Erechim. Agora é levantar a cabeça, arrumar o carro, treinar e andar em Erechim”, diz Fábio.
A cidade de Erechim, também no RS, vai receber em maio as próximas etapas dos campeonatos Brasileiro e Gaúcho, além de sediar também a prova de abertura do Campeonato Sul-americano de Rally de Velocidade.
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Texto e Foto: Edson Castro