30 de setembro de 2013 – Entre os dias 11 e 13 de outubro, a cidade de São José dos Campos, SP, sediará pela primeira vez o Rally dos Bandeirantes, que neste ano alcança a 11ª edição. Trata-se de uma grande oportunidade para os moradores da região conhecerem de perto as maiores equipes do rally cross country e as máquinas “envenenadas” que acelerarão pelas trilhas do Vale do Paraíba.
Entre tantos nomes importantes está o piloto Reinaldo Varela – atual bicampeão mundial de rally cross country. Porém, a participação de Varela tem um “plus” a mais, uma vez que o Rally dos Bandeirantes marcará o retorno do competidor ao esporte depois de cinco meses afastado para a recuperação de uma fratura na coluna, ocasionada em um acidente no Catar, onde buscava a vitória da 3ª etapa da Copa do Mundo FIA de Rally Cross Country. Ao lado dele estava o navegador Gustavo Gugelmin, que ainda não recebeu alta médica.
Com 324 corridas no currículo – nacionais e internacionais -, Varela está ansioso para voltar a acelerar. “Estou recuperado, dedicando-me a ginástica e fisioterapia. Conto os minutos para a largada”, afirmou ele, garantindo que em termos organizacionais e de levantamento técnico do percurso, os certames no Brasil estão equiparados com o resto do mundo. “A diferença é que lá fora, as provas são mais longas e os equipamentos são superiores ao que temos por aqui (preparados para resistir as etapas de grande distância). As peças detém melhor tecnologia e, só não acompanhamos este desenvolvimento, porque o nosso problema é financeiro; o custo deste trabalho é muito alto para os brasileiros; e temos poucas empresas que investem neste segmento”, afirmou Varela.
Se os times nacionais dispõem de poucos recursos financeiros para investirem em equipamento – na maioria das vezes por falta de patrocínio -, as empresas organizadoras de rally dão um “show” na feitura da planilha e preocupação com a segurança dos competidores. “As planilhas daqui são mais elaboradas e as informações de obstáculos e perigo melhor detalhadas. Lá fora, eles têm menos avisos, por isso, além de ler o livro de bordo para indicar o caminho a seguir, o navegador também precisa olhar para frente e ficar atento ao trajeto, ajudando o piloto a enxergar os obstáculos… E tudo isso, em questão de segundos”, explicou Gulgelmin.
O 11º Rally dos Bandeirantes terá 265 quilômetros, divididos em duas especiais de 75 quilômetros no sábado, e mais 115 quilômetros no domingo. O roteiro passará por plantações de eucaliptos e trechos de serras, o que diversificará bastante o tipo de terreno. “Na questão técnica, possuímos o mesmo nível. O Rally da Espanha, por exemplo, é bem parecido com o Rally dos Bandeirantes”, comparou o piloto. “Participar do campeonato mundial nos dá a oportunidade de avaliar o nosso grau de competitividade, uma vez que estamos diante dos melhores pilotos e navegadores do mundo, como Stéphane Peterhansel, Nasser Al-Attiyah, Jean-Louis Schlesser, entre outros”, destacou.
A concentração do evento será no Parque da Cidade, onde também haverá um Super Prime no sábado, às 15h. A população terá livre acesso.
Para obter mais informações sobre o evento acesse www.rallybandeirantes.com.br.
O 11º Rally dos Bandeirantes tem apoio da Prefeitura Municipal de São José dos Campos, Secretaria de Turismo, Secretaria de Esportes e Lazer, Subprefeitura de São Francisco Xavier, Prefeitura Municipal de Taubaté, Atus – Associação de Turismo Sustentável de São Francisco Xavier, Grupo Band Vale Rádio & TV
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Foto: Eric Schroeder